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Pe. Giovanni Pontarolo - Missionário pela oração / Ibiporã-PR |
29 Comum Sábado =
Lc 13,1-9 = A figueira estéril:
As desgraças são advertência e não castigo.
Vinde, Espírito Santo, oração espontânea
Leitura: Pela Palavra inspirada Deus se manifesta a seus filhos.
1
Neste mesmo tempo contavam alguns o que tinha acontecido a certos galileus,
cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.*
2
Jesus toma a palavra e lhes pergunta: Pensais vós que estes galileus foram
maiores pecadores do que todos os outros galileus, por terem sido tratados
desse modo?
3
Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo.
4
Ou cuidais que aqueles dezoito homens, sobre os quais caiu a torre de Siloé e
os matou, foram mais culpados do que todos os demais habitantes de Jerusalém?
5
Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo.
6
Disse-lhes também esta comparação: Um homem havia plantado uma figueira na sua
vinha, e, indo buscar fruto, não o achou.
7
Disse ao viticultor: - Eis que três anos há que venho procurando fruto nesta
figueira e não o acho. Corta-a; para que ainda ocupa inutilmente o terreno?
8
Mas o viticultor respondeu: - Senhor, deixa-a ainda este ano; eu lhe cavarei em
redor e lhe deitarei adubo.
9
Talvez depois disto dê frutos. Caso contrário, cortá-la-ás.
Meditação: Na leitura da Palavra o que chama minha atenção? Que
sentimentos, apelos desperta em mim?
Os judeus não toleravam serem dominados pelos romanos, e às vezes se
revoltavam.
Alguns galileus revoltosos se uniram na guerrilha contra os romanos e
estavam oferecendo sacrifícios no Templo de Jerusalém, para ter a proteção
divina sobre sua revolução. O governador romano Pilatos mandou matar os
revoltosos na hora, enquanto estavam oferecendo sacrifícios no Templo.
A mentalidade comum do povo é que qualquer desgraça é castigo de Deus
contra pessoas que pecaram.
Jesus ensina que as desgraças não são castigos contra uma pessoa por um
determinado pecado cometido.
Toda desgraça é sinal do pecado da humanidade, é advertência que agora
Deus tem paciência, mas "Se não vos converterdes, perecereis todos do
mesmo modo".
Hoje muitos querem sentir-se independentes de Deus e buscar conforto a
todo custo, organizar a sociedade sem a lei de Deus, e fazem leis humanas que
permitem aborto, manipulação da natureza.
Deus é amor e não castiga. Porém quando a pessoa não quer se converter
de seu pecado, ele respeita a liberdade e a pessoa fica no sofrimento eterno
porque desligada de Deus fonte de toda felicidade.
A “desgraça” serve de exemplo, nos leva a refletir que a vida nesta
terra é transitória.
Deus foi cultivando povo de Israel com as
mensagens dos profetas.
Veio Jesus Cristo, com sua evangelização
convidou todos ao Reino de Deus, e com sua paixão expiou nosso pecado. A
parábola da figueira estéril mostra que Deus tem paciência porque Jesus está
intercedendo por nós, espera nossa conversão que deve produzir frutos, a
mudança de vida e as obras. Deus espera porque é misericordioso, e aguarda o
tempo da nossa resposta positiva, da nossa conversão, dos nossos frutos.
ORAR: Dialogar com Deus para dar-lhe minha resposta: Deus escuta
não as palavras, mas o desejo do coração
Senhor Jesus, você disse que Deus
não gosta de castigar, mas quer salvar, e faz festa com seus anjos no céu
quando um pecador se arrepende. Obrigado porque você é nosso irmão que está
sempre diante do Pai, intercedendo por nós, que somos pecadores. Você se
ofereceu pela nossa salvação e de nós espera a conversão.
Quero agradecer ao Pai pela sua
infinita misericórdia, e que eu não abuse de sua paciência.
Contemplação: Deixar-me envolver pelas coisas de Deus. Em cada
pessoa que encontro, em cada acontecimento é Jesus que vive, se alegra, sofre e
necessita de mim.
Neste mundo há tantos pecados, abusos, indiferenças, violência.
Costumamos nos considerar melhores que os outros, menos culpados que eles.
Jesus é de opinião diferente: Todos temos pecado e devemos nos
converter. Agora Deus tem paciência, mas se não dermos frutos, seremos cortados
e descartados como inúteis.
A humanidade corre o risco de uma grande destruição. A penitência que
Jesus prega é a conversão interior: reconhecer o próprio pecado, mudar de
mentalidade e de vida. Abandonar os vícios do consumismo e produzir os frutos
que o Pai espera de nós.