MORTE, O ENCONTRO COM DEUS
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Maria Gercina Cardoso - Autora dessa publicação |
A Igreja Católica escolheu um dia no ano para homenagearmos nossos entes queridos que já partiram do nosso meio para a vida eterna, e nos convida a refletir sobre a morte. A única certeza que temos quando vivemos, é que um dia vamos morrer. Mas, às vezes não gostamos de pensar nisso. Não é fácil pensar, aceitar ou meditar sobre a morte, porque é um mistério. É o mistério da vida eterna. Morre o corpo e vive a alma eternamente.
Para o Cristão, a morte é uma
experiência pessoal, uma passagem para uma nova vida. É o fim de uma maneira de
viver, para outra totalmente diferente. É como um parto, a pessoa sai de uma
maneira de viver, no útero da mãe, para outra totalmente diferente. "A
VIDA NÃO É TIRADA, É TRANSFORMADA".
Ao nascer somos abraçados pela nossa
mãe, ao morrer somos abraçados por Deus, glorificados por Jesus e santificados
pelo Espírito Santo. É por isso que precisamos nos preparar para este encontro
tão importante. O nosso viver deve ser um constante caminhar para a morte. O
céu é nossa pátria definitiva, lá somos esperados, e é só com a morte que temos
oportunidade de ver Deus, contemplá-lo e nos alegrar com o encontro com os
nossos familiares e os amigos queridos que foram antes de nós.
Com certeza, morrer não é o fim, mas, é
o começo de algo muito maior e feliz. Morrer é como semear uma semente na
terra, ela tem que morrer para brotar a planta e dar frutos. Até Jesus teve que
passar pela morte, mas ressuscitou e nos deu a garantia de superarmos toda a
dor e todo sofrimento, com Jesus já vivemos em Deus. A vida eterna é a última e
definitiva parada da nossa vocação de batizados.
Sabemos o dia que nascemos, mas não
sabemos o dia que vamos morrer, mas, viver é maravilhoso e a vida é o maior dom
que Deus nos dá e eu acredito que a morte é apenas uma passagem de um estado de
vida. Passamos desse estado que vivemos aqui na terra para outro estado bem
melhor, porque na outra vida não há sofrimento. É apenas uma transformação para
melhor, mas, a vida continua porque ela já começou quando fomos gerados, Deus já
nos deu a vida.
Vivemos nove meses um tipo de vida no
útero de nossa mãe, chegado o momento certo, nascemos, continuamos vivendo,
porém, de outra maneira e depois morremos, mas continuamos vivendo em outro
lugar, aí é para sempre, porque a vida eterna já começou a ser vivida aqui por
todos nós, desde o útero de nossa mãe.
Todos viemos com uma missão aqui na
terra, e quando essa missão termina, vamos nos encontrar com o Pai. Se vivermos
segundo a vontade de Deus, no amor ao irmão, no perdão, na partilha, na
compaixão aqui na terra, com certeza seremos abraçados pelo Pai, que é
misericórdia e amor.
Encontramos com Jesus Cristo, somos
glorificados pelo Espírito Santo, e acariciados por Maria Nossa Mãe, é nisso
que eu acredito, e tenho certeza que com a morte nada acaba, vamos ao encontro
da Glória na vida eterna.
Sabemos que os que ficam vão sofrer pela
separação mas este sofrimento, deve ser um sofrimento de esperança e de
certeza. Certeza de que um dia vamos nos encontrar novamente na Glória e no
amor do Pai, porque pensar na morte é pensar no amor que dá sentido à nossa
vida, o amor que somos chamados a viver hoje, porque hoje pode ser de verdade o
nosso último dia aqui na terra. A fé na vida eterna e a certeza da morte nos
leva a não valorizarmos tanto, os bens materiais que temos, e vamos deixar um
dia para dar a devida importância ao que levaremos para junto de Deus, o bem
que aqui fizemos. Nossa prestação de conta não será por quanto fizemos, mas
como fizemos e o que fizemos.
"TIVE FOME E ME DESTE DE COMER.
TIVE SEDE E ME DESTE DE BEBER, NU E ME VISITASTES..." (Mt. 25-35, 45).
Devemos estar sempre atentos à todas as oportunidades que Deus nos dá nesta
vida de viver e praticar o AMOR.
Peçamos à Jesus que nos dê sabedoria
para estarmos sempre atentos e disponíveis para vivermos o AMOR, descobrir
nossa missão aqui na terra e coragem para realizarmos esta missão, sempre em
vista da vida plena junto ao PAI, a JESUS e a MARIA NOSSA MÃE.
Maria Gercina Cardoso - Um exemplo de leiga que assumiu com alegria o trabalho pastoral na PSCJ