28 Comum
Terça f.=
Lc 11,37-41 = Limpar o interior, não apenas a aparência.
Fazer uma breve oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.
Leitura:
para entender o que o Espírito diz à Igreja.
37 Enquanto Jesus falava, pediu-lhe um fariseu que fosse
jantar em sua companhia. Ele entrou e pôs-se à mesa.
38 Admirou-se o fariseu de que ele não se tivesse lavado
antes de comer.
39 Disse-lhe o Senhor: Vós, fariseus, limpais o que está
por fora do vaso e do prato, mas o vosso interior está cheio de roubo e
maldade!
40 Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o
conteúdo?
41 Dai antes em esmola o que possuís, e todas as coisas
vos serão limpas.
Meditação: refletir
sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.
Os fariseus ensinam que no mundo tudo é impuro, está contra o culto a Deus. Voltando em casa do mercado, eles lavam as mãos, os alimentos, o vasilhame, e acham que assim, tudo está puro para o culto a Deus. Então, antes da refeição é necessário lavar e purificar as mãos.
Geralmente quando somos convidados para um jantar sentimos o dever do respeito entre os convidados, e especialmente o anfitrião dará atenções especiais aos convidados.
Este
fariseu fica admirado porque Jesus, chegando de viagem, não faz as purificações
de rito e critica Jesus porque não observa os ritos de costume. Jesus não se
acanha em manifestar a verdade que é fundamento de todo comportamento
religioso: esclarece que a pureza que Deus gosta é interior. “Nós devemos estar
puros dentro de nosso coração”, renunciar a roubos, a imoralidades, mas dar
esmola, ajudar o próximo na necessidade, porque o amor purifica o coração. Deus
é espírito, é servido na pureza do coração. A purificação exterior vale quando
é sinal da purificação interior. O coração se manifesta em modo bem concreto
quando por amor tiramos do que é nosso para ir ao encontro de quem precisa.
De fato, todas as religiões têm seus ritos para manifestar
exteriormente àquela atitude interior de devoção para Deus. Devemos saber que o
importante não é cumprir o rito, mas manifestar sinceramente o sentimento que
está dentro de nosso coração. É farisaísmo, é falsidade, é fazer o rito somente
por obrigação, sem comprometer o coração.
Oração: é
a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.
Jesus, você anuncia o Evangelho
em qualquer situação, quando é necessário diz a verdade sem se acanhar e sem
ofender.
Hoje estamos convivendo com
pessoas que pensam diferente de nós, e às vezes pode haver um choque de
costumes e mentalidades diferentes. Ajuda-nos a discernir onde está a verdade
que você nos ensinou e viver nossa fé sem acanhamento. Você nos ensinou a amar
e respeitar as pessoas também quando não concordamos com seu modo de fazer.
Contemplação:
perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e
participar da construção do mundo segundo Deus.
No oitavo e último capítulo, o
Pontífice se detém sobre "Religiões ao serviço da fraternidade no mundo".
Uma reflexão, em particular, a
Encíclica faz sobre o papel da Igreja: ela não relega a sua missão à
esfera privada e, embora não fazendo política, não renuncia à dimensão política
da existência, à atenção ao bem comum e à preocupação pelo desenvolvimento
humano integral, segundo os princípios evangélicos (276-278).
Como pessoas de fé, nos vemos
desafiados a voltar às nossas fontes para enfocar o essencial: a adoração a
Deus e o amor ao próximo. Um caminho de paz entre a religiões é, portanto,
possível; por isso, é necessário garantir a liberdade religiosa, direito humano
fundamental para todos os crentes (279).
O mandamento da paz está inscrito no
fundo das tradições religiosas que representamos. Como líderes religiosos somos
chamados a ser verdadeiros “diálogos”, a agir na construção da paz como
autênticos mediadores.
O terrorismo não se deve à religião,
mas a interpretações erradas de textos religiosos, bem como a políticas de
fome, pobreza, injustiça e opressão (282-283).
Enfim, Francisco cita o "Documento sobre a fraternidade humana em prol da paz mundial e da convivência comum", assinado por ele mesmo em 4 de fevereiro de 2019 em Abu Dhabi, junto com o Grande Imã de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyib: desta pedra miliar do diálogo inter-religioso, o Pontífice retoma o apelo para que, em nome da fraternidade humana, o diálogo seja adoptado como caminho, a colaboração comum como conduta, e o conhecimento mútuo como método e critério (285).
REFLEXÕES DIÁRIAS – Pe. Giovanni Pontarolo