REFLEXÃO DIÁRIA – Pe. Giovanni Pontarolo

Pe. Giovanni Pontarolo - Missionário pela oração / Ibiporã-PR
7 Comum Terça f.=




Lc 10,38-42 = Jesus hospede em casa de Marta e Maria.

 

Fazer uma breve oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

 

 

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

 

38 Estando Jesus em viagem, entrou numa aldeia, onde uma mulher, chamada Marta, o recebeu em sua casa.*

39 Tinha ela uma irmã por nome Maria, que se assentou aos pés do Senhor para ouvi-lo falar.

40 Marta, toda preocupada na lida da casa, veio a Jesus e disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe só a servir? Dize-lhe que me ajude.

41 Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas;

42 no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada.

 

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

 

Jesus quebra o preconceito machista dos mestres, e admite discípulas; chega na casa de duas irmãs que são discípulas. Elas querem acolher bem o hospede por causa da amizade.

 

Maria, tem a atitude característica da discípula que quer aprender, assenta aos pés do Senhor para ouvi-lo falar, deixa para trás qualquer outra preocupação.

Marta devia ser a responsável pela casa e vai direto para a cozinha, cuidar do serviço de casa. Faz seu serviço com boa intenção, pois ama a Jesus, mas está tão preocupada com seu serviço que se queixa que Maria não ajuda.

 

Jesus não censura a atividade de Marta, mas censura sua preocupação exagerada com as coisas materiais, tão grande que queria tirar Maria de perto do Senhor. Jesus defende a escolha de Maria, que sente o chamado para dedicar-se exclusivamente ao Reino de Deus, porque é a única coisa necessária.

 

Hoje a cultura moderna impõe tantos compromissos e preocupações que quase não sobra tempo. Alguns discípulos do Senhor sentem-se tão preocupados por todas as necessidades materiais da humanidade que estão em contínua atividade, e não acham tempo para a oração. Nunca podemos relaxar no tempo dedicado à oração. Evangelizar é primeiro contemplar e hospedar Jesus em nosso coração, e então o que contemplamos testemunhamos no serviço aos irmãos.

 

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

 

Jesus, para nós é mais fácil fazer atividades como Marta, do que ficar a seus pés como Maria escutando o que você coloca em nosso coração. Ajuda-nos a dedicar mais tempo à oração, porque também você muitas vezes queria ficar sozinho com o Pai, e por isso se afastava em lugares apartados. Ensina-nos a consagrar tempo à oração, estabelecer uma rotina diária.

 

Contemplação perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

 

 

Papa Francisco publicou a Encíclica social “Fratelli tutti”.

 

Ele quer responder aos desejos que estão no coração das pessoas que ficam confusas e tristes escutando continuamente notícias de calamidades, de injustiças, e se perguntam: “Quais são os grandes ideais mas também os caminhos concretos para aqueles que querem construir um mundo mais justo e fraterno nas suas relações quotidianas, na vida social, na política e nas instituições?”

 

O Papa indica que “Fraternidade e amizade social” são os caminhos para construir um mundo melhor, mais justo e pacífico, com o compromisso de todos: pessoas e instituições.

A Carta Encíclica se compõe de oito capítulos. Por isso no final da Leitura orante destes dias vamos colocar um pequeno resumo de cada capítulo.

 

 

No primeiro capítulo intitulado "As sombras dum mundo fechado", o documento lembra as muitas calamidades e distorções da época contemporânea:

a manipulação e a deformação de conceitos como democracia, liberdade, justiça;

o egoísmo e a falta de interesse pelo bem comum;

a prevalência de uma lógica de mercado baseada no lucro e na cultura do descarte;

o desemprego, o racismo, a pobreza;

a desigualdade de direitos e as suas aberrações como a escravatura, o tráfico de pessoas, as mulheres subjugadas e depois forçadas a abortar, o tráfico de órgãos (10-24).

 

Estes são problemas globais que requerem ações globais, sublinha o Papa, apontando o dedo também contra uma "cultura de muros" que favorece a proliferação de máfias, alimentadas pelo medo e pela solidão (27-28).




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